Águas de Março (Antônio Carlos Jobim) É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um caco de vidro, é a vida, é o sol É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol É peroba no campo, nó da madeira Caingá candeia, é o matita-pereira É madeira de vento, tombo da ribanceira É o mistério profundo, é um queira ou não queira É o vento ventando, é o fim da ladeira É a viga, é o vão, festa da cumieira É a chuva chovendo, é conversa ribeira Das águas de março, é o fim da canseira É o pé, é o chão, é a marcha estradeira Passarinho na mão, pedra de a tiradeira
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