Ralé foi o segundo filme de Akira Kurosawa lançado em 1957 e que, a exemplo do primeiro, Trono Manchado de Sangue, teve como base uma peça de teatro. A essa altura de sua carreira, o diretor já estava familiarizado em trazer a literatura para o cinema, e principalmente o teatro, que esteve presente nos roteiros do diretor desde os seus primeiros passos na sétima arte, quase duas décadas antes. A peça em questão é Ralé (No Fundo), escrita por Maksim Górki em 1901. Na obra, temos a história de um grupo de miseráveis que moram em um lugar sujo e em péssimas condições de vida. Cada um dos inquilinos têm desejos impossíveis de serem realizados, portanto, fantasiam o tempo inteiro. Em meio a tantos conflitos de interesses, é normal que desentendimentos e ridicularizações aconteçam, afinal de contas, o sonho de fuga de uma pessoa pode ser absurdo e ridículo demais para outra.
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