SÉRIE FREUD Série polemica leva o nome do Pai da Psicanálise, não retrata a realidade, não tem valor histórico acerca da vida de Freud, se utiliza de alguns recursos históricos verdadeiros para compor a ficção. A série permite distinguir três tipos de ficções: As que preservam fatos históricos acrescentando-lhes novos fatos “fictícios“, as ficções que preservam fatos históricos, mas os interpretam de um modo “alternativo“ e as ficções que criam um universo ordenado de fatos e interpretações que preservam ou derrogam a “estrutura de ficção“ referida a uma verdade. O filme foca a tensão política entre Áustria e Hungria, sintetiza as dificuldades de manter a unidade de um império que incluía as históricas diversidades nacionais dos Bálcãs até a Polônia. A Viena fin de siècle, capital do Império Austro-Húngaro, era o lugar onde gestou-se o novo mundo da arquitetura modernista, da art nouveau, do expressionismo de Klimt, o dodecafonismo de Schoenberg, a fenomenologia de Husserl e o positivismo lógico de Wittgenstein, passando pelos cafés e suas incríveis Sacher Torten. Abaixo uma lista de coisas verídicas ao lado de outras que são ficcional exercida pelos diretores e roteiristas. 1. Freud usou cocaína. Ele o fazia na forma injetável, estudando em si mesmo, por meio de instrumentos de medicação da potência muscular, como o dinamômetro e o neuramebímetro, os efeitos sensoriais e motores da droga. Ele publicou quatro artigos científicos sobre isso, entre 1884 e 1887. 2. Freud não se envolveu sexualmente com pacientes. Bertha Papenheim, nome real de Ana O., paciente atendida por Joseph Breuer, cujo caso é discutido em “Estudos sobre Histeria“, sofreu um “efeito colateral“ do método, pela erupção de sentimentos sexuais em relação a seu médico. Freud, que foi uma espécie de supervisor de Breuer neste caso, lembrava o dito de Charcot de que “na histeria é sempre a coisa genital“. A importância da empatia e a “saúde do médico“ são de fato recomendações de Freud a Breuer e não o contrário. 3. Freud usou o hipnotismo e a catarse como método de cura. Na época de sua colaboração com Breuer, resultando no trabalho a quatro mãos “Estudos sobre Histeria“ em 1893, as internações de histéricas com sintomas como cegueira, insensibilidade a dor eram comuns. Freud abandona a hipnose pois seus resultados não eram duradouro, as causas dos sintomas não eram tocadas e porque ele se achava um péssimo hipnotizador. Os tratamentos envolvendo choques térmicos, elétricos, exercícios mecânicos e internação com contenção física eram a regra. 4. Freud não teve nenhuma paciente chamada Fleur Salomé. O nome parece muito bem escolhido para a protagonista da série. Junta um quase anagrama de Freud (Freul … Fleur), com uma das mulheres mais admiradas por Freud, Lou Andreas-Salomé (1861-1937), amante do poeta Rainer Maria Rilke e de Nietzsche, uma das primeiras a trazer o tema da repetição para a psicanálise. 5. Freud tinha uma coleção de estátuas de antiguidades. Depois ela se tornou famosa e exposta em vários museus pelo mundo. Ao que tudo indica, não conheceu rituais com múmias, não há rastros de seu contato com a resistência húngara contra a hegemonia dos Habsburgos. Aparentemente é dele a estátua que é mostrada na abertura dos episódios. A saga de Freud como pesquisador na Universidade de Viena é romanceada, no entanto, explora fatos realmente ocorridos: as exposições públicas na universidade, seu trabalho com Charcot, Breuer, Meynart, o preconceito contra judeus, a luta para tornar-se professor, realmente acontece apenas em 1902. 6. Freud não acreditava em deuses ou demônios. Na psicanálise não são mais que criações dos próprios seres humanos moldadas por nossas experiências infantis de desamparo e proteção, por nossas aspirações narcísicas, nossas ilusões e ideais. 7. Freud era amigo de Arthur Schnitzler. Este último de fato trabalhou na mesma enfermaria psiquiátrica de Meynart, contudo o primeiro contato entre eles parece ter ocorrido somente em 1906. 8. Freud não participou de investigações policiais. Apenas escreveu sobre a possibilidade do uso do hipnotismo para praticar crimes. 9. O verdadeiro nome de nascença de Freud é Sigismund. É assim que ele é chamado por sua mãe Amalie em uma cena de Shabat na casa dos Freud. Ele suprimiu o “s“ de seu nome em 1877. 10. Freud não morava, em uma casa assombrada pelo espírito de um músico, que teria sido o responsável pelo incêndio no teatro. [Mas de fato, como fui lembrado por um leitor (Lammel), Freud e Martha ocuparam o número 8 da Theresien Strasse, onde foi erguido um prédio no lugar do antigo Sühnhaus, o teatro vienense que pegou fogo em 1881. Gêneros: Suspense psicológico, Crime Idiomas: Alemão, Húngaro Autores: Marvin Kren, Stefan Brunner, Benjamin Hessler Produtor executivo: Heinrich Ambrosch Classificação acima dos 16.
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