Ambientado na fronteira entre Iraque e Turquia, no momento que antecede a invasão norte-americana, “Tartarugas podem voar” retrata crianças que são massacradas pelos horrores da guerra. Os atores vivem em zonas de refugiados. As interpretações são sublimes, certamente porque o enredo e o clima do filme não se distanciam da dura realidade vivida nestas regiões de miséria, de insegurança e de falta de esperança. Crianças procuram minas explosivas que são vendidas no mercado, e revendidas para as autoridades da ONU. Crianças mutiladas desfilam pelo filme, a exemplo de Hengov, protagonizado por um menino chamado Hiresh Rahman, que perdeu os braços com os explosivos. Hengov tem uma irmã, Agrin, protagonizada por uma menina de nome Avaz Latif, que vive atormentada pelas violências que sofreu, e que ainda deve cuidar de uma criança cega e cheia de carências, que não aparenta ter mais de três anos de idade. Há também outro personagem fascinante, Satélite, protagonizado por Sonan Ebrahim, que instalava antenas de televisão.
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