O economista Eduardo Costa Pinto prevê, para um eventual terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a resistência da megaburguesia brasileira em reverter o aumento brutal de suas taxas de lucro. Em 2010, as empresas privadas não-financeiras lucravam cerca de 15% sobre o patrimônio líquido, cifra que ficou negativa em 2015 e explodiu para 26% em 2022. Essa oscilação é crucial para explicar o golpe de Estado em Dilma Rousseff em 2016, segundo o economista, o que tende a se repetir se Lula tentar estancar o processo que eleva os lucros de modo totalmente desvinculado do crescimento econômico do Brasil. “Esses que estão falando de golpe agora são bolsonaristas, mas uma parte enorme, mesmo da burguesia esclarecida, toparia e topou 2016. E se mexer no lucro deles como está agora vai ter confusão. Não há como sustentar uma taxa de lucro desse padrão atual sem deixar o povo na miséria absoluta”, afirma, em en
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