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Bar do Haroldo é um filme que nos leva a uma verdadeira viagem ao cotidiano de Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, através da ótica cômica e peculiar de um narrador que nos guia pelas histórias inusitadas de um bar que se tornou o centro da cidade. Com um formato simples, mas envolvente, o filme é totalmente conduzido pela narração de um único ator, que com seu tom descontraído e irreverente, dá vida aos personagens e ao ambiente do bar. Haroldo, o dono, e seus dois empregados, Paulinho e Donizete, são apresentados com detalhes que vão além de suas funções – suas características humanas e suas ações, que variam de generosas a hilárias, tornam cada um deles uma figura memorável. Enquanto o narrador nos fala sobre o bar, a história se desenrola com a ajuda de imagens engraçadas que surgem logo após a fala. Estas imagens são rápidas e intensas, capturando o espírito leve e descontraído do local. Os clientes do bar, que frequentam o local para tomar sua cervejinha e descontrair, são retratados de maneira cômica. Em um jogo entre a narração e as cenas, vemos os clientes embriagados, em situações inusitadas, sempre com um toque de humor que enfatiza a descontração e a simplicidade do lugar. Nada é forçado; tudo é mostrado de forma natural, com um humor que surge sem esforço, como se a vida no bar fosse uma grande piada já contada muitas vezes, mas que nunca perde a graça. E claro, não poderia faltar a turma dos cachorros de rua, que também fazem parte da “clientela“ fiel do Bar do Haroldo. A sequência de cenas engraçadas com os cães, que parecem dominar o ambiente do bar, é uma das partes mais adoráveis do filme. Eles aparecem em várias situações, interagindo com os clientes, correndo para lá e para cá, muitas vezes até participando das peripécias dos embriagados – uma presença constante que dá uma sensação de acolhimento e diversão ao bar. A ausência de bebidas e comidas nas cenas torna o foco ainda mais centrado nas interações humanas e nos momentos de descontração. O que vemos são cenas rápidas, de comédia física e gestos engraçados, que mostram o lado mais leve e hilário da vida no Bar do Haroldo. As imagens podem ser de um cliente tropeçando ao tentar chegar até a mesa, ou de um cachorro se aninhando na cadeira do bar como se fosse um cliente VIP, sempre criando uma sensação de diversão genuína. O Bar do Haroldo, sem precisar de grandes enredos ou cenas complexas, é um filme que cativa pela simplicidade e pelo charme das situações cotidianas que, quando misturadas com a boa narração e cenas engraçadas, se tornam algo único. O filme é uma verdadeira celebração de uma vida simples, mas cheia de risos, amizade e momentos de leveza. Através de uma narrativa engraçada e cheia de vida, Bar do Haroldo nos lembra que a verdadeira magia do cinema está nas pequenas coisas – e, às vezes, no barulho de uma risada bem dada e nas travessuras de um cachorro preguiçoso.
