Guest
Investigadores russos vão investigar os Estados Unidos por terrorismo. Reportagem da , em 1º de abril de 2024. Uma queixa apresentada por legisladores na semana passada foi considerada credível o suficiente para um inquérito formal. O Comité de Investigação Russo lançou uma investigação sobre alegações de que a Ucrânia e os seus apoiantes ocidentais estão envolvidos em atividades terroristas em solo russo; estes foram apoiados por alguns deputados e figuras públicas na semana passada. O órgão responsável pela aplicação da lei anunciou na segunda-feira que estava avançando com a investigação processual após analisar as alegações. A queixa inicial, que o Comité confirmou ter recebido na quarta-feira passada, identificava os Estados Unidos e os seus aliados como alegadamente responsáveis por uma série de ataques em solo russo. A agência está a investigar a suposta “organização, financiamento e conduta de atos terroristas” por parte dessas nações. Nikolay Kharitonov, do Partido Comunista, um dos deputados que apresentou a queixa, insistiu que as nações ocidentais “beneficiaram” do ataque terrorista à sala de concertos Crocus City Hall, nos arredores de Moscou, no início deste mês. Ele argumentou que os oponentes geopolíticos da Rússia teriam a ganhar com a tragédia em solo russo, e contavam “com a sua inacessibilidade e impunidade”. Um total de 12 pessoas - incluindo os quatro homens armados, considerados islamitas radicais - foram até agora detidas em ligação com um dos ataques terroristas mais mortíferos da história do país. Mais de 140 pessoas foram mortas no tiroteio e no ataque criminoso nos arredores de Moscou. A ramificação do Estado Islâmico (antigo ISIS) baseada no Afeganistão, reivindicou o crédito pelo ataque. No entanto, as autoridades russas afirmam ter descoberto provas de um possível envolvimento ucraniano, contrariando as garantias dos Estados Unidos de que Kiev não poderia estar por trás do ataque. “Os Estados Unidos e os seus aliados estão hoje a conduzir atos terroristas em territórios russos pelas mãos do ISIS e dos serviços especiais ucranianos”, afirmou Kharitonov no Telegram na semana passada. “Exigimos que a liderança política dos Estados Unidos e da Ucrânia, bem como os serviços de inteligência destes países, sejam responsabilizados criminalmente pela organização, financiamento e condução de operações terroristas dirigidas contra a Rússia e todo o mundo moderno.” A queixa foi assinada por três legisladores russos, bem como por algumas figuras públicas, incluindo o filósofo Aleksandr Dugin. A sua filha Darya foi morta por um carro-bomba em agosto de 2022, no que se acredita ter sido uma tentativa de assassinato direcionada contra o seu pai, um nacionalista proeminente. Investigadores russos acusaram Kiev de organizar o ataque a bomba. Relatos na mídia ocidental disseram que autoridades nos Estados Unidos também acreditam que agentes secretos ucranianos estavam por trás do assassinato. O governo ucraniano reivindicou publicamente o crédito por alguns dos ataques contra alvos russos, como os bombardeamentos da Ponte da Crimeia. Na semana passada, o chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia (o SBU), Vasily Malyuk, praticamente se vangloriou de uma série de assassinatos de pessoas que descreveu como inimigas do seu país. Quando questionado sobre vários desses assassinatos durante uma entrevista, o responsável disse que a pergunta foi “dirigida ao endereço certo, mas não iremos reconhecer isso de forma alguma”. Malyuk deu alguns detalhes sobre os crimes. Malyuk está entre os altos funcionários ucranianos procurados por Moscou por terrorismo. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse no domingo que enviou um pedido à Ucrânia para entregar esses suspeitos, sob os tratados internacionais apoiados pela Organização das Nações Unidas sobre o combate ao terrorismo, dos quais Kiev é signatária. Fonte:
