Dulce Rosalina foi a torcedora símbolo do Vasco da Gama até falecer, em 19 de janeiro de 2004. Aos 22 anos, em 1956, tornou-se a primeira mulher líder de uma torcida organizada no Brasil, a TOV (Torcida Organizada do Vasco). Inovou ao implantar a bateria, o concurso de torcida e o papel picado. Atuante, viajava Brasil afora pelo time da colina. No entanto, em 1976, por causa de seu posicionamento político quando apoiou a candidatura de Medrado Dias à presidência do Vasco, foi obrigada a desvincular-se da TOV. Fundou, em seguida, a RenoVascão. Em 1991, um problema na vista a obrigou a se afastar dos jogos noturnos. Dulce foi convidada pelo escritor Claudio Aragão para narrar a trajetória do clube desde sua fundação, no final do século XIX, até a conquista do título carioca de 2003. Seus relatos deram origem a obra “A história do Vasco da Gama em cordel“, da editora Bom Texto. Ela foi um exemplo de pioneirismo na luta das mulheres por espaço e voz dentro do futebol. Ao falecer, a torcedora foi homenageada pela prefeitura do Rio de Janeiro, que em decreto de 22 de janeiro de 2004, mudou o nome da antiga rua do Reservatório para Dulce Rosalina. Abaixo, a íntegra do documento. DECRETO Nº 23925 DE 22 DE JANEIRO DE 2004 Altera a denominação do logradouro que menciona, situado no bairro Vasco da Gama, na VII Região Administrativa. São Cristóvão. O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e, considerando o recente falecimento de D. Dulce Rosalina, aos 79 anos, torcedora-símbolo do Clube de Regatas Vasco da Gama, exemplo da paixão carioca pelos times de futebol da cidade, DECRETA: Art. 1.º A Rua do Reservatório, CL 08023-4 reconhecida pelo Decreto n.º 1165, de 31 de outubro de 1917, passa a denominar-se Rua Dulce Rosalina. Art. 2.º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2004, 439º ano da fundação da Cidade. CESAR MAIA. Por Marcelo Rozenberg
Hide player controls
Hide resume playing