Grande personagem da literatura de aventura, Robinson Crusoé ganha aqui uma de suas inúmeras releituras cinematográficas, com um grande e curioso diferencial. O diretor é ninguém menos que Luis Buñuel, um dos cineastas mais inquietos da história. Mesmo com o filme sendo falado em inglês e com a linearidade inerente ao texto de Defoe, alguns traços do cinema de Buñuel são perceptíveis, principalmente quando o protagonista se vê às voltas com a religião. O filme sofre em seu início, com a rotina solitária do náufrago escravagista Robinson Crusoé (Dan O’Herlihy) aprendendo a sobreviver numa ilha aparentemente deserta. A chegada de uma tribo de canibais e o relacionamento que surge entre Crusoé e um deles (Jaime Fernández) coloca a história em movimento, num dos raros momentos de franco otimismo dentro da carreira de Buñuel.
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