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De Gaulle - Padro Dollar

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Trecho de texto por Adriano Benayon em: “Para sobreviver, sair do dólar“, publicado em 03/05/2014: General De Gaulle, nos anos 60, insurgiu-se contra o privilégio dos EUA, de cobrir seus enormes déficits externos, simplesmente emitindo dólares, e exigiu a conversão para o ouro das reservas da França, pois colocava os interesses nacionais acima da ideologia, inclusive em seu posicionamento em face da Guerra Fria. A oligarquia financeira angloamericana visa exclusivamente ao poder mundial ilimitado e tampouco acredita em ideologias. Usa qualquer uma, em qualquer lugar, que a ajude, conforme o momento, a avançar naquele objetivo. Assim, os serviços secretos dos EUA e do Reino Unido, juntamente com as máquinas de corrupção de instituições públicas e privadas desses países, fomentaram, na França, lideranças estudantis esquerdistas, com apoio da grande mídia e até de partidos e organizações de esquerda. Assim, mobilizaram massas no movimento de maio de 1968, que espalhou a desordem e o caos pela França, e até hoje é considerado libertário pela opinião majoritária. Apesar de alvo das manobras angloamericanas de desestabilização, De Gaulle manteve-se no governo até 1969, renunciando, ao ser derrotado em um referendo, pela primeira vez. Esse tratamento, dado pela tirania imperial a De Gaulle, foi menos brutal que o dispensado a Saddam Hussein em 2003 e a Muamar Ghadáfi em 2011. Afinal, a França era potência nuclear e aliada, ademais de fonte das tão traídas ideias democráticas, formalmente adotadas nos EUA. Pela mesma tentativa, de livrar seus países da extorsão pelo dólar, Hussein e Ghadáfi foram assassinados, com seus filhos e famílias, e seus países destruídos por agressões militares genocidas. Daí se infere a importância para o império de continuar obrigando suas vítimas a custear até as armas com que são trucidadas ou chantageadas. Pode-se estimar o que está em jogo pela proliferação dos ativos financeiros em dólares. Os derivativos nessa denominação passam de US$ 500 trilhões. Vê-se, ainda, a inflação do dólar comparando a taxa de conversão do ouro até os anos 60, e sua ascensão posterior no mercado: de US$ 35,00 por onça-troy ele foi para os atuais US$ ,00. Chegou a US$ ,00 em 2011, e só caiu por meio de manipulações dos grandes bancos, que fazem o que querem nos “mercados financeiros“, como vender quantidades enormes de certificados de ouro que não existe em cofre algum. Esses certificados não passam de papel pintado, como o dólar foi descrito pelo general De Gaulle, nos anos 60. Hoje, nem isso, pois basta um click nos computadores dos bancos do sistema do FED para passar o conto no mundo inteiro. A situação de um país em relação aos EUA é semelhante à de um particular ou de uma empresa em relação ao banco com que opera. Quando o banco faz empréstimos, cria dinheiro: abre, do nada, créditos na conta do tomador, e este fica obrigado a pagar amortizações e juros com dinheiro de seu salário ou de outra receita do trabalho individual ou empresarial. [...]“ Its Dollar Em minha opinião De Gaulle se opôs ao dólar tarde demais, pouco tempo depois em 1971, diante de pressões crescentes na demanda global por ouro, Richard Nixon, então presidente dos Estados Unidos, suspendeu unilateralmente o sistema de Bretton Woods, cancelando a conversibilidade direta do dólar em ouro. Wall Street havia vencido e estava preparada a Nova Ordem Mundial unipolar.

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