Os Matadores é a prova cabal do que reforço constantemente com os estudantes de cinema a que me refiro cotidianamente nas aulas de componentes curriculares diversos: não é preciso efeitos especiais, orçamentos bilionários e grandes atrizes populares, mas vazias de conteúdo. Se você tiver um bom roteiro, uma câmera e várias ideias na cabeça, a sua produção pende a ir muito além das expectativas. Esta é a sensação ao conferir o primeiro filme de Beto Brant, cineasta crítico e com apuro estético aguçado, oriundo do campo dos curtas-metragens e bem sucedido no terreno industrial que começou a se aquecer nos meados da década de 1990, período que por convenção, intitulou-se Cinema da Retomada. Lançado em 1997, com orçamento de U$400 mil, Os Matadores trata de dois segmentos narrativos. O de quem conta e o de quem ouve. Basicamente assim: na primeira vertente, um homem co
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