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O PRISIONEIRO DA GRADE DE FERRO (Direo de Paulo Sacramento, 2003)

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Sinopse: A partir de relatos de presos, o filme discute o sistema carcerário brasileiro, tendo como cenário a Casa de Detenção do Carandiru, um ano antes de sua demolição. O documentário resultou de uma oficina de vídeo e som, realizada durante sete meses, na Casa de Detenção, quando 20 detentos, autorizados pela direção do estabelecimento penal, aprenderam técnicas de captação de imagens, sons e roteirização para cinema. A equipe de produção do filme era integrada também por profissionais de cinema. Embora nem todas as imagens tenham sido captadas pelos presos, e o processo de montagem tenha ficado a cargo dos realizadores, em boa parte do tempo, a câmera esteve nas mãos dos próprios detentos, que registraram, de forma clara e direta, seu cotidiano e as estratégias de sobrevivência - muitas vezes inusitadas e criativas - adotadas para manter sua integridade física e psíquica, na prisão. Ao mesmo tempo, são expostas as mazelas do sistema carcerário e do sistema penal como um todo, bem como a constante violação de direitos constitucionais básicos a que são submetidos os indivíduos presos. Segundo o realizador, Paulo Sacramento, seu interesse por esses indivíduos destituídos do direito à liberdade surgiu a partir da abordagem superficial e sensacionalista, adotada pela mídia, para tratar os assuntos referentes à Casa de Detenção. Ao representar a vida dos presos, o diretor não pretende reduzi-los à posição de vítimas mas dar-lhes voz, com a menor mediação possível, proporcionando-lhes assim exercitar o direito de elaborar as próprias representações - de si mesmos e da realidade. Entendendo o conceito de cidadania como o direito a ter direitos, o realizador oferece a cada um dos autorretratados, a possibilidade de se apresentar como algo diverso do usual estereótipo desumanizante. Nas palavras de William da Silva Lima (1942-2019), um dos criadores do Comando Vermelho: “Somos simplesmente assaltantes. Ou estelionatários. Ou homicidas. Entre os direitos que perdemos, se encontra o de sermos conhecidos pela totalidade das nossas ações, boas e más, como qualquer ser humano. O ato criminoso - o único devidamente divulgado e reproduzido nas fichas - define tudo o que somos, resumindo, de forma mágica, passado, presente e futuro.“

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