Um pouco do roteiro: O Brasil pode parecer distante de qualquer conflito verdadeiramente global, mas o país mais poderoso da América do Sul se encontra numa encruzilhada que pode colocá-lo na mira dos Estados Unidos ou da China em uma terceira guerra mundial. Como o Brasil vai agir na 3ª guerra mundial, e de que lado ele estaria? A América do Sul pode parecer distante demais da Europa para ter se envolvido muito nas duas guerras mundiais, mas o Brasil se viu envolvido nos conflitos globais de qualquer maneira. Durante a Primeira Guerra Mundial, o Brasil apoiou a Grã-Bretanha e seus aliados, ajudando a patrulhar as águas do Atlântico Sul e enviando uma pequena força para a frente ocidental no final da guerra. Mas, na Segunda Guerra Mundial, o Brasil teve um papel mais relevante. Quando a guerra começou, a maioria pode ter presumido que o Brasil apoiaria os aliados mais uma vez - mas o Brasil mudou nas duas décadas desde a Primeira Guerra Mundial. Nessa época, nosso país era um dos 10 maiores parceiros comerciais da Alemanha e tinha uma grande população alemã vivendo por aqui. Quando a guerra estourou, o Brasil permaneceu neutro e manteve o comércio com ambos os lados. Porém, pouco a pouco, o Brasil foi sendo atraído para o lado dos Aliados, e a Comissão de Defesa Conjunta Brasil-EUA, que foi feita com o objetivo de fortalecer os laços militares entre os dois países, mas estava principalmente focada em impedir que as potências do Eixo usassem o Brasil como uma base naval de operações para atacar as rotas de transporte marítimo dos EUA no Atlântico. Após o ataque japonês a Pearl Harbor e a declaração de guerra dos Estados Unidos contra as potências do Eixo, os EUA lançaram a Conferência de Estados Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Lá, os EUA ofereceram um acordo às nações sul-americanas: nos apoie e corte os laços com o Eixo em troca de assistência econômica. O Brasil concordou e rapidamente rompeu relações com a Alemanha, o Japão e a Itália. Em troca de ajuda para desenvolver sua indústria siderúrgica, o Brasil permitiu que os EUA criassem bases aéreas no norte do país, sendo uma delas a maior base americana no exterior do mundo. Também permitiu que a Marinha dos EUA estacionasse a Força-Tarefa 3 em sua costa, com o objetivo de atacar submarinos e embarcações mercantes inimigas. Com os EUA e a China se enfrentando sobre a questão de Taiwan e a segurança no Pacífico Sul, uma terceira grande guerra está agora no horizonte, e o Brasil pode acabar desempenhando um papel menor, mas crítico. O Brasil provavelmente tentaria permanecer neutro mais uma vez, mas, inevitavelmente, tanto a China quanto os EUA exerceriam uma pressão significativa sobre o Brasil para escolher um lado. Isso pode ser mais difícil do que foi em qualquer das guerras mundiais devido aos numerosos laços do Brasil com ambos os possíveis combatentes. Hoje, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, com a China representando 31% de suas exportações e quase 23% de suas importações. Isso em comparação com os 11% de exportações dos EUA e quase 18% de importações. A China é uma grande importadora de minerais brasileiros, pois a economia em alta e a construção massiva da nação consumiram uma quantidade significativa de aço e ferro do mundo. Em 2001, o Brasil ajudou a liderar a formação dos BRICS, uma organização de comércio global composta pelas economias emergentes do Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2010, a África do Sul se juntou ao grupo, e juntos, o objetivo da organização era construir uma alternativa à ordem econômica global ocidental, dominada pelos EUA, focando no desenvolvimento das economias emergentes. Hoje, o Brasil continua comprometido com os BRICS, mas a própria organização se encontra em uma base cada vez mais instável. A desastrosa guerra da Rússia na Ucrânia e as ameaças cada vez mais agressivas da China em relação a Taiwan e seus vizinhos estão forçando o Brasil a repensar sua parceria contínua com duas nações que estão rapidamente se tornando párias globais. A consolidação da posição ocidental contra a Rússia, um desenvolvimento inesperado tanto do ocidente quanto da Rússia, mostrou ao mundo que o ocidente poderia realmente se unir em um momento em que seus rivais esperavam que as nações ocidentais buscassem principalmente suas próprias agendas egoístas. Acrescentando mais tensão estão as rivalidades emergentes dentro da própria organização. Não deixe de se increver no canal para receber novos vídeos! Introdução Geopolítica: 🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹 Programas e sites usados na nossa produção: Photoshop After Effects Premiere Google Earth Canvas Vecteezy Pexels Pixabay 🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹🔹 Este vídeo é um conteúdo original EconoSimples e contém todos os direitos reservados. #russia #ucrania #brasil #EconoSimples
Hide player controls
Hide resume playing