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PARMNIDES - Plato - AUDIOLIVRO

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Parménides (português europeu) ou Parmênides (português brasileiro) (em grego antigo: Παρμενίδης Parmenides) é um dos diálogos de Platão. No diálogo é apresentado eminentemente questões referentes à tese das formas inteligíveis, à ontologia platônica e ao Um (ou “Uno“). É geralmente considerado como um dos mais difíceis, se não um dos mais enigmáticos e desafiadores, diálogos de Platão. O Parmênides se presta a uma grande variedade de interpretações, as quais dependerão o sentido e o significado não só do diálogo, mas do conjunto da obra de Platão. O diálogo estrutura-se em dois planos. No primeiro, o personagem Céfalo descreve seu encontro com Gláucon e Adimanto e, depois, com Antifonte. Seu objetivo é ouvir a narração da conversa ocorrida entre Sócrates, Parmênides e Zenão. Tal narração só poderia ser feita por Antifonte, pois este havia tido uma relação muito próxima à Pitodoro, companheiro de Zenão, que, por sua vez, havia transmitido muitas vezes o relato da conversa ao mesmo. No segundo, ocorre a narração da conversa por Antifonte, à qual estiveram presentes também Pitodoro e Aristóteles (não se trata do famoso filósofo aqui). O Parménides supõe, portanto, uma ocasião em que se encontraram dois grandes filósofos da escola eleática, Parménides e Zenão de Eleia, a que se juntou o jovem Sócrates. O motivo do encontro foi a leitura por parte de Zenão do seu tratado a defender o monismo de Parménides contra os apoiantes da pluralidade que diziam que a suposição de Parménides de que existe uma unidade, dá origem a contradições e absurdos. No diálogo há uma tensão entre uma primeira e segunda partes. Na primeira o jovem Sócrates introduz sua crítica a Zenão, apresentando a tese das formas inteligíveis, e a vê submetida à crítica de Parmênides. A segunda parte é uma demonstração do método de investigação utilizado por Zenão, no qual o personagem Parmênides recomenda a Sócrates exercitar-se, para melhor investigação de sua teoria. Uma segunda interpretação mais moderna (neoplatônica) diz que a segunda parte do diálogo teria uma importância maior, posto que o um da tese de Parmênides é ali hipostasiado (uma realidade em si com valor substantivo) e, assim, o um da primeira hipótese é identificado com o Bem de que fala A República e, finalmente, erigido em primeiro princípio, de onde emanam todas as coisas, inteligíveis e sensíveis.

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