Para executar um milionário roubo, homem (Peter Sellers) se faz passar por um diretor de cinema num vilarejo no interior da Itália, onde a produção de um filme é mero pretexto para a execução do plano. Victor Mature está impagável na pele de um ator que se considera o máximo. Filme traz a reunião do ator Peter Sellers com o diretor italiano Victorio de Sicca em uma bela sátira sobre o cinema que rendeu até uma citação de Fellini em Amarcord. Uma bela comédia nos moldes de Casamento a Italiana e Hoje, Amanhã e Ontem outros trabalhos do diretor. O Fino da Vigarice é uma sátira sobre a invasão épica hollywoodiana na Cinecitá, assim como ao ar pretensioso do cinema europeu dos anos 60, inclusive funciona como uma auto sátira vide a participação que De Sica faz como o diretor que foi privado de seus equipamentos e as ferinas referências verbais ao cinema neorrealista. A curiosidade da produção fica pelo fato do quase sempre superestimado dramaturgo americano Neil Simon ter escrito o roteiro e deixado claro que preferia um italiano real como Mastroianni ou Vittorio Gassman no papel do escroque que finge ser diretor de cinema para receptar um carregamento de ouro. Talvez eu consiga visualizar Gassman como “The Fox”, mas não sei se vejo Mastroianni nesse papel, por mais que ele já tenha sido alterego de Fellini inúmeras vezes, é quase sacrílego tirar de Sellers essa embriaguez artística.
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