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#08 ego

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Saiuuuu o papo muy louco que tivemos com o casal do @videogamecosmico sobre ego: essa levemente pesada construção mental que cada um tem de si e sai carregando pra toda experiência que vive por aí. Para que serve o ego? Como lidar de forma saudável? Como saber se estou agindo por ego ou se estou seguindo meu eu genuíno? A partir da visão do budismo tibetano, o @videogamecosmico responde pra gente essas e outras dúvidas. O ego pode ser um amigo, sutil. Escuta o episódio e depois comenta aqui se fez sentido. Obras citadas: - Poesia Tabacaria: ) de Álvaro de Campos (rs) 😮‍💨 - vídeo dela sendo recitada por Abujamra: - Trecho do livro Cartas a um jovem terapeuta de Contardo Calligaris: “Aconteceu assim. Lacan se perguntava o que seria o fim de uma análise, ou seja, como definir uma análise propriamente terminada. Sua resposta foi a seguinte: o fim de uma análise (diferentemente de uma interrupção) não é o esgotamento dos assuntos, o sumiço dos sintomas, o fim das queixas ou coisa que o valha. O fim de uma análise propriamente dito seria uma experiência radical produzida pelo próprio processo analítico. Pouco importa aqui examinar como Lacan entendia essa experiência e o processo que a ela levaria. Mas, descrita em termos psicológicos e muito simples (que ele teria detestado), seria a experiência de que não somos grande coisa e, em particular, não somos a única coisa que falta para que o mundo seja perfeito e para que a nossa mãe seja feliz. Isso parece (e é) uma coisa fácil de saber e mesmo de admitir, mas uma experiência efetiva dessa superfluidade de nossa existência é uma outra história. Nesse momento final, o sujeito vivenciaria, logicamente, uma espécie de desamparo depressivo, mas também uma extrema liberação. Por que liberação? Pois é, o que mais nos faz sofrer talvez seja justamente a relevância excessiva que atribuímos à nossa presença no mundo, pois essa relevância é a pedra de fundação de todas nossas obstinadas repetições, é graças a ela que insistimos em ser sempre “iguais a nós mesmos” (sendo que, no caso, essa expressão não tem um sentido positivo). Há boas razões para se pensar que, uma vez essa experiência feita, a gente possa passar a viajar pela vida carregando malas um pouco mais leves. Ou seja, seríamos capazes de largar os sintomas que nos devastam e que, obviamente, adoramos a tal ponto que não conseguimos desistir deles. Em suma; essa experiência conclusiva teria um valor terapêutico.”

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