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A tentativa do presidente da Câmara, Arthur Lira, de mudar o sistema eleitoral brasileiro para o distritão será um verdadeiro retrocesso para a democracia brasileira. O modelo agrava uma das características mais negativas da política brasileira, que é o personalismo e o abuso do poder econômico. Não será um conjunto de personalidades que, de forma caótica, conseguirá mudar para melhor os rumos do país. O distritão é o sistema em que o voto do eleitor vira praticamente uma loteria, e milhões de votos são jogados na lata do lixo. Não há democracia sólida sem a defesa de programas para o Brasil e sem partidos que se apresentem à sociedade para defender um conjunto de ideias.
