Na interpretação do historiador Luiz Felipe de Alencastro, a Independência não rompeu a matriz colonial herdada de Portugal pelo Brasil, que só se viabilizou como Estado nacional a partir do fim da escravização de africanos em seu território. Em entrevista ao jornalista Breno Altman, no programa 20 MINUTOS desta sexta-feira (09/09), ele lembrou que a escravização de africanos livres, proibida por lei brasileira de 1831, prolongou-se ilegalmente até 1888 e precipitou a queda do Império no ano seguinte. “Não é que a escravidão era imoral no Brasil, ela era ilegal. Essa ficha ainda não caiu no debate político brasileiro, e eu diria até que caiu pouco no movimento negro”, adverte. Autor de O Trato dos Viventes: Formação do Brasil no Atlântico Sul (ed. Companhia das Letras), o historiador traça um paralelo entre a Abolição e o processo de transição da ditadura de 1964 para a red
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