O garçom da presidência do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Maurício de Jesus Luz, 44, conta como descobriu, ouvindo palestras na corte, ter sofrido trabalho escravo dos 3 aos 18 anos, em fazendas no interior do Maranhão. Até então, ele achava normal o que sofreu, comum em sua região, no município de Tucuruí. Desde a infância, ele prestava serviços pesados na fazenda e afirma que não recebia salário e era agredido fisicamente quase todos os dias, com golpes de chicote, chibata, corda, lapada, chutes e beliscões. Segundo dados do Ministério Público do Trabalho, no ano passado, pessoas foram resgatadas de condições de trabalho análogas à escravidão no Brasil, o maior número em 14 anos. Entre 2021 e 2023, os 24 tribunais regionais do trabalho do país receberam processos com o tema trabalho em condições análogas à de escravo. Assine a TV Folha
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