Abel, 47 anos, duas guerras, várias cicatrizes de muitas batalhas perdidas, regressa de súbito a Portugal, à sua perdida aldeia, no interior norte, perto da fronteira, de onde um dia partira, também de repente. Uma carta, do irmão Pedro, avisara-o de que tudo mudava. Até Teresa. Abel avista dos montes da sua infância a aldeia, a velha tribo. Tudo, de longe, parece nos mesmos lugares, o velho cão é o que resta do passado. Na aldeia vai representar-se o Ato da Paixão e Teresa é uma das participantes. Abel retoma os gestos antigos e prepara o seu plano: eliminar um a um os pretendentes de Teresa, até consumar no Ato da Paixão, em plena representação, a morte desta.
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