Maceió está sob um alerta crítico devido ao iminente risco de colapso na Mina 18 do município, operada pela empresa Braskem. Um comunicado da Defesa Civil local ressalta que a área enfrenta uma ameaça iminente de desabamento, podendo ocorrer a qualquer momento. As raízes do afundamento do solo remontam à prática inadequada de mineração realizada pela Braskem ao longo de décadas, extraindo sal-gema de 35 minas na região. Até 2019, a empresa conduzia a extração do sal-gema, um componente crucial para a indústria química na produção de soda cáustica e PVC, contribuindo significativamente para a instabilidade do solo. O governo de Alagoas registrou cinco abalos sísmicos na região somente em novembro, intensificando os riscos associados ao desabamento da mina. O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, responsabiliza a Braskem pelo problema, acusando a empresa de realizar exploração predatória desde a década de 1970, durante a ditadura militar brasileira. O governante também aponta a falta de fiscalização adequada por parte dos órgãos competentes como um fator que contribuiu para a situação calamitosa. Apesar das críticas da população, o prefeito destaca as limitações da municipalidade, enfatizando que a cidade não possui competência direta sobre autorizações e fiscalizações relacionadas à atividade da Braskem. Para entender melhor sobre esse desastre que pode simplesmente transformar parte de uma cidade em fantasma, eu converso com o professor, geografo e parceiro da Diálogos do Sul, Cláudio Di Mauro. Você acompanha essa conversa no “Dialogando com Paulo Cannabrava” nesta terça-feira (12), às 17h, na TV Diálogos do Sul.
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