A peça mais conhecida dentre todas de Bertolt Brecht ganha uma versão que, se não pode ser chamada de definitiva, chega muito próximo disso (especialmente se forem levadas em conta as várias adaptações de obras teatrais que grassam nos circuitos comerciais de cinema). Nesta adaptação vemos o célebre físico Galileu Galilei (interpretado por Topol) comprovar, por meio de instrumentos e verificação científica, a validade das teorias de Copérnico. Suas teorias e o trabalho de Galileu fazem ir abaixo toda uma ordem conceitual que justificava o poder da Igreja Católica na época. É lógico que as autoridades eclesiásticas não gostam nem um pouco disso e, mesmo em um primeiro momento comprovando as teorias de Galileu, optam por mantê-lo calado, por meio da força, de modo que suas ideias não se espalhem pelo continente europeu. Um filme (e uma peça também, já que Brecht aparece aqui respeitado tanto em forma quanto em conteúdo) absolutamente atual, principalmente se forem levadas em conta as lutas entre a geração que faz parte da Geração Internet e as megacorporações que tentam, através de mecanismos “legais“, barrar o avanço humano e científico. A realização do homem na sua condição humana
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