Uma produção muito boa e poderosa. Os figurinos, cenários e iluminação são feitos de uma forma que é ao mesmo tempo atmosférico e atraente, enquanto na maior parte a execução orquestral é matizada e tensa. A música de Prokoviev é orquestrada de maneira muito inteligente, com momentos de beleza de tirar o fôlego e poder avassalador, a qualidade do som não prejudica a cor da partitura, embora mais profundidade seja bem-vinda. A coreografia de Mikhail Grigorovich é inventiva e disciplinada, com forte sentido de movimento e linha. Ele não é tão musical quanto George Balanchine ou tão distintamente criativo ou influente quanto Marius Petipa, mas nunca aqui ele recorre à auto-indulgência como Maurice Bejart. Os dançarinos também dão um ótimo relato da coreografia, a técnica é impecável e vai te deixar maravilhado e eles também não esquecem de mostrar seus dotes de atuação. Natalya Bessmertnova é incrivelmente tocante e ao longo de sua atuação é graciosa e gentil. Ainda melhor é Irek Mukhamedov, seus movimentos são poderosos, seu físico imponente e majestoso e sua atuação expressiva, ele traz à tona todos os muitos conflitos e nuances do personagem de Ivan e com total convicção...
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