SANDY FICOU famosa quando se tornou menina propaganda, sem querer, do KY. Angélica vai pelo mesmo caminho (ôps!). Quase. Um caminho um pouco mais acima, ou abaixo, dependendo do ângulo. Mas Sandy tinha a dignidade de usar só o seu. Angélica faz o que todo brasileiro condena: “não coloque mãe no meio!“. Nem coloque no meio da mãe! Angélica é produto da distopia que se abre ao final do neoliberalismo, em uma deterioração da vida moderna e burguesa. A propriedade privada, tão importante para a burguesia, perde seus contornos territoriais. O mercado financeiro substitui em importância e lógica hegemônica o mercado das coisas materiais. O capitalismo financeiro descorporifica e desterritorializa. O mundo abre-se para o fluxo de dinheiro, trabalho e linguagem em rede, no campo da infosfera. É tempo da sociedade em que a vida privada e a vida íntima estouraram seus parâmetros. Então, a exposição máxima do que era íntimo se torna diversão e quase obrigação. Há uma BBBtização do mundo.
Hide player controls
Hide resume playing