Seus esforços não são o suficiente contra a força e o poder dos revolucionários em Paris. Baseado no célebre romance de Charles Dickens, o filme mostra como eram os tempos turbulentos da Revolução Francesa. Indicado para os Oscars de montagem e melhor filme. O produtor David O. Selznick, rival de Irving Thalberg na MGM, sempre procurou ser fiel às obras clássicas que produziu para o cinema. Por isso, apesar do sucesso de David Copperfield e A Tale of Two Cities, ele se lamentava por não poder contar com o próprio Charles Dickens na adaptação de seus livros para a tela grande. Ainda assim, dentre as muitas versões do romance do célebre escritor para o cinema e a TV (1911, 1935, 1958, 1980, 1984, 1989 e 2007), esta é, inquestionavelmente, a melhor. O filme é o ponto mais alto da carreira de Jack Conway, diretor que entendia de maquiagem masculina e ajudou Ronald Colman (sem o característico bigode) a criar um personagem nunca mais tão bem retratado nas telas. Não é à toa que Ken Wlaschin coloca A Tale of Two Cities como um dos onze melhores filmes do ator. Outro destaque do elenco impecável é a estrela do teatro Blanche Yurka, que cria uma inesquecível Madame Defarge] Para as sangrentas cenas de multidões à solta nas ruas de Paris, foram empregados 17 000 extras. As sequências da tomada da Bastilha foram dirigidas por Val Lewton e Jacques Tourneur. Apesar de todo o luxo e cuidado da produção, A Tale of Two Cities recebeu apenas duas indicações ao Oscar, nas categorias de Melhor Filme e Melhor Edição, não tendo vencido em nenhuma. Sucede que os esforços da MGM naquele ano estavam concentrados em outro filme -- The Great Ziegfeld,] que arrebatou três estatuetas entre as sete que disputava. Contudo, para Selznick, este foi mais um passo que o levaria ao topo de sua carreira, atingido poucos anos mais tarde com Gone with the Wind.
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